Natália Lambert
postado em 07/06/2016 11:07
A notícia dos pedidos de prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) enviados pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) está no foco do debate que começou nesta terça-feira (7/6) no Conselho de Ética sobre o parecer que pede a cassação de Eduardo Cunha. [SAIBAMAIS]Enquanto parlamentares contrários a Cunha defendem que o pedido é mais um indício de que o peemedebista deve perder o mandato, a tropa de choque de Cunha estranha o vazamento da informação no dia de hoje.;Acordamos com o vazamento deste pedido de prisão. Fiquei surpreendido porque já tem algum tempo que se sugere a prisão de Cunha por uma suposta intervenção na Casa. Eu não vi nenhuma intervenção. Logo hoje? É muita coincidência. É uma preocupação nossa de que isso venha a interferir no resultado aqui no conselho;, afirmou o deputado Laerte Bessa (PR-DF), que reforçou o voto a favor de Cunha sob o argumento de que Cunha ;fez um favor ao país; ao aprovar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
De acordo com o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), intencional ou não o vazamento tem uma simbologia muito importante. ;Mostra que está sendo feita uma oxigenação necessária na política, que há muito tempo a sociedade está pedindo.; Marchezan elogiou o relatório de Marcos Rogério (DEM-RO). ;O relatório está impecável e destruiu todos os argumentos da defesa. Ele não deixa dúvidas.;
Vinte e dois parlamentares estão inscritos para falar sobre o tema. Cada um tem 10 minutos, além das lideranças partidárias que podem pedir a palavra a qualquer momento. A expectativa é de que a discussão permaneça por todo o dia.