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Lewandowski rejeita recurso de Dilma para incluir áudios no processo

Relator da Lava-Jato no STF, ministro Teori Zavascki, defendeu que os elementos colhidos em delação estão resguardados por sigilo e, por isso, não podem ser anexados aos autos do impeachment no Senado

Agência Estado
postado em 07/06/2016 22:04
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, rejeitou nesta terça-feira (7/6) um recurso da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff para incluir no processo os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que integram a delação premiada dela na Lava-Jato.

Antes de decidir, Lewandowski consultou o relator da Lava-Jato no STF, o ministro Teori Zavascki, se manifestasse sobre o assunto. Teori afirmou, no entanto, que os elementos colhidos na delação estão resguardados por sigilo e, por isso, não podem ser anexados aos autos do impeachment no Senado.

"Convém afirmar que o guardião do sigilo (da delação) é o próprio relator do feito, a quem a lei incumbiu a tarefa de preservar os direitos assegurados ao colaborador, garantir o sucesso das investigações e, também, resguardar o conteúdo de depoimentos que ainda poderão ser colhidos diretamente do colaborador ou mesmo de terceiros", escreveu Lewandowski.

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Nos áudios registrados por Machado, que vieram a público nas últimas semanas, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) sugere que a saída da presidente Dilma resultaria em um pacto para conter o avanço da Operação Lava Jato e livrar políticos de serem investigados.

A defesa de Dilma alegava que o material era a prova de que o processo do impeachment representa desvio de poder. No pedido, formulado pelo ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, os áudios serviriam para a defesa demonstrar a "única finalidade que movia importantes parlamentares e líderes políticos na construção do processo de destituição do atual governo".

Outros recursos

Lewandowski rejeitou outros três recursos nesta terça sobre o processo do impeachment no Senado. Um deles, apresentado pelo líder do governo em exercício no Senado, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), tentava limitar o número de testemunhas de defesa no processo do impeachment.

Os outros dois recursos, da defesa de Dilma, pediam que o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) fosse afastado da relatoria do impeachment na comissão especial instalada na Casa. Lewandowski sustentou que os motivos apresentados pela petista eram insuficientes para determinar a mudança do relator.

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