Paulo de Tarso Lyra
postado em 14/06/2016 07:03
O governo quer votar ainda esta semana os dois projetos que vedam as nomeações políticas para as empresas estatais e para os fundos de pensão. O Planalto fez alterações nos dois projetos para viabilizar a votação. No caso das estatais, foi suprimida do texto a necessidade de 10 anos de experiência na área na qual o indicado atuará. Já no projeto dos fundos de pensão, a intenção é manter o texto aprovado no Senado, que define o Conselho de Administração composto por dois representantes dos trabalhadores e dois dos patrocinadores do fundo.
O governo tem pressa em aprovar as matérias porque o presidente em exercício, Michel Temer, suspendeu as nomeações para estatais e fundos de pensão até que os projetos sejam aprovados. ;Essa é a nossa intenção. Claro que, se a aprovação demorar demais, teremos de retomar as nomeações. As empresas do setor elétrico, por exemplo, não podem ficar acéfalas;, defendeu o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Geddel, que cumpriu agenda ontem em Salvador ao lado do ministro da Saúde, Ricardo Barros, desembarca hoje em Brasília e vai à Câmara para uma reunião com os líderes da base aliada em busca de apoio para a aprovação dos projetos.
Pedro Parente
O texto original exigia que o executivo ou técnico nomeado tivesse 10 anos de experiência, pública ou privada, na área para a qual seria indicado. ;Isso inviabilizaria, por exemplo, a nomeação de Pedro Parente para Petrobras. Ele tem um currículo invejável, mas jamais trabalhou numa empresa de petróleo;, explicou o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE). A obrigatoriedade de um mínimo de 10 anos de experiência pública ou privada está mantida.
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