Politica

Conselho de Ética se reúne para votar cassação de Eduardo Cunha

Relator do processo rejeitou a inclusão das informações enviadas pelo BC sobre as contas de Cunha no exterior

Natália Lambert
postado em 14/06/2016 15:20
O relator do parecer que pede a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcos Rogério (DEM-RO), rejeitou a inclusão das informações enviadas pelo Banco Central ao Conselho de Ética a respeito da existência de contas do peemedebista não declaradas no exterior. A inclusão das informações no relatório poderia postergar a votação que deve acontecer na tarde desta terça-feira (14/6). Os parlamentares se reúnem na sessão que pode votar a cassação do deputado.

O Banco Central (BC) multou o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em R$ 1 milhão por manter contas não declaradas no exterior em 2007 e 2014. A esposa de Cunha, Claudia Cruz, também recebeu uma penalidade de R$ 132.486,55 no processo administrativo que tramita na autoridade monetária contra o casal.



A defesa de Cunha afirma que recorrerá da decisão do Banco Central. De acordo com Marcelo Nobre, declarar o trust como gostaria o Banco Central é crime. Nobre tem certeza de que a decisão será reformada e, para ele, o documento corrobora a defesa no Conselho de Ética já que ;em nenhum momento se fala da existência de conta em nome do cliente no exterior;. Eduardo Cunha responde a processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar ao supostamente ter mentido na CPI da Petrobras quando disse que não tinha contas no exterior.

Mandetta
Milésimos de segundos podem influenciar o destino do presidente afastado. Escalado pelo DEM para substituir Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que teve que fazer uma viagem ao exterior, o deputado Mandetta (DEM-MS) foi o primeiro suplente a registrar presença no painel com uma diferença de 11 milésimos de segundo de Marcelo Aro (PHS-MG), que seria um voto garantido pró-Cunha. Pelas regras da Câmara, caso um titular da comissão não esteja presente, o voto computado é o do primeiro suplente a marcar presença.

Na semana passada, a ausência da Tia Eron (PRB-BA) garantiria a vitória de Cunha, já que o suplente que votaria seria o Carlos Marun (PMDB-MS). Hoje, Marun marcou presença 2 segundos depois de Mandetta. A expectativa é que o relatório que pede a cassação de Eduardo Cunha por quebra de decoro parlamentar seja votado na tarde desta terça-feira.

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