O próprio Geddel disse, contudo, que a posse de Campos não desvirtuava a proposta original do governo de evitar indicações de nomes meramente políticos para as estatais. ;A indicação de Campos era anterior à elaboração do projeto, não há qualquer conflito com a nova filosofia do governo;, completou.
Com a alteração proposta ontem, sugerida pelo líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), esse problema está encerrado. ;Foi sugerida uma alteração porque os dirigentes partidários não quiseram ser colocados sob suspeição. Do jeito que estava o texto, havia uma criminalização da política;, justificou um líder aliado. O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), apoiou a alteração e completou que o prejuízo não é se o indicado for dirigente partidário. ;O que é fundamental é o padrinho político indicar um nome competente para o cargo. Se ele preenche os requisitos necessários, tudo bem;, defendeu Aguinaldo. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), lamentou a troca. ;Claro que desvirtua o projeto original. Temos de discutir melhores mecanismos para fiscalizarmos as empresas estatais. E não o direito de indicar um dos nossos para o cargo vago;, criticou.
Outra alteração, já acertada anteriormente, era a retirada da obrigatoriedade de que os indicados tivessem 10 anos de experiência, pública ou privada, na área para a qual serão nomeados. Foi ampliada também para 1% da receita operacional bruta o limite de recursos que uma estatal pode utilizar em publicidade e marketing. Também fica permitida a nomeação de lideranças sindicais, desde que se licenciem de seus cargos.