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Peemedebistas lideram o 'ranking' do suborno, segundo delação de Machado

Em acordo de delação premiada fechada com a força-tarefa da Lava-Jato, o ex-presidente da Transpetro afirma que repassou R$ 109 milhões em propinas para integrantes de oito partidos. A maior fatia ficou com o PMDB



Os peemedebistas lideram o ;ranking; do suborno. O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL); o ex-presidente da República José Sarney (AP); e os senadores Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Edison Lobão (MA) receberam os maiores valores: R$ 95 milhões, somados. ;É o núcleo que me colocou na Transpetro;, disse Machado ao ser ouvido pelos procuradores do caso no Rio de Janeiro, em 4 de maio. Sozinho, Lobão teve R$ 24 milhões. O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ficou com R$ 1,55 milhão.

De acordo com o ex-presidente da Transpetro, desde 1946 o país convive com esquemas de arrecadação no governo e em estatais por meio de altos funcionários públicos indicados por políticos, que repassam a eles valores obtidos em contratos com fornecedores do Estado. O delator contou que nunca disse abertamente que se tratava de propina, mas os políticos sabiam que ele vinha de contratos oriundos da estatal. Se não fosse dirigente do órgão, os políticos nunca pediriam o dinheiro, contou. ;No código do político, você nunca fala, embora eu ache que, dentro do meio político, todo mundo saiba a origem;, disse ele, em vídeo gravado pelos investigadores. ;Eram pessoas políticas com os quais eu tinha interesse em ter relação e eu dispunha de uma parcela de recurso para atender a esse tipo de doação;. Depois do pedido, Machado procurava os fornecedores da Transpetro e solicitava o pagamento que seria descontado do caixa de propinas da estatal.

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