Politica

Auxiliar de Eduardo Cunha briga por vaga no Conselho Nacional de Justiça

A Câmara dos Deputados tem uma vaga entre os 15 integrantes do colegiado que controla atos administrativos do Judiciário

postado em 16/06/2016 06:32
Servidor comissionado na Câmara dos Deputados e responsável por orientar juridicamente o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus aliados em manobras que protelaram o processo no Conselho de Ética, o advogado Lucas de Castro Rivas briga por vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Aos 24 anos, Lucas conseguiu assinatura de pelo menos 14 líderes partidários em documento de apoio à sua indicação. O conselho é composto por 15 conselheiros.

[SAIBAMAIS]A Câmara tem direito a uma vaga no colegiado. Cabe ao presidente da Casa por a indicação na pauta. A aprovação se dá por maioria simples dos presentes na sessão. Nas sessões do Conselho de Ética, Lucas conversava com Marcelo Nobre, advogado de Cunha, e orientava deputados.

O assessor trabalhava na Liderança do Solidariedade, partido aliado a Cunha até a semana passada, quando foi realocado como assessor técnico na Comissão Mista do Orçamento. Ele disse ter começado a carreira na Câmara em 2012, como secretário parlamentar do PSD. Graduado há menos de dois anos, Lucas diz ter a competência necessária para ocupar a vaga no colegiado e nega relação com Cunha. Rivas se formou em direito pelo Centro Universitário de Brasília (Uniceub) em 2014, mesma instituição onde faz mestrado. Ele conta que tem cursos de extensão em Cambridge e na George Washington University.



A campanha começou em fevereiro, segundo Rivas, que diz ter tido a campanha encabeçada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), amiga de seu pai. E teve apoio do deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, e do ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, entre outros. Ontem, segundo ele, o deputado Henrique Fontana disse que o PT tiraria a obstrução para que deliberassem seu nome. Ontem, o líder do PPS, Rubens Bueno, pediu para retirar a assinatura, com a justificativa de que não queria vinculação a Cunha.

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