O relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, determinou o arquivamento do inquérito contra o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). A investigação tentava apurar se o parlamentar havia recebido propina da UTC para tentar "blindar" o dono da empreiteira, Ricardo Pessoa, na CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados.
O arquivamento atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que alegou não haver provas suficientes contra Delgado. Na delação premiada de Pessoa, o empreiteiro entregou uma planilha com repasses e propina que a empresa teria feito a campanhas e partidos políticos, na qual consta que Delgado foi destinatário de R$ 150 mil.
O inquérito foi aberto em setembro do ano passado e tramitava em segredo de Justiça na Corte. Na época da instauração das investigações, Delgado confirmou que a UTC realizou uma doação ao diretório do partido, que foi distribuída entre 16 candidatos, com devido registro nas prestações de contas. Mas que a campanha dele não teria recebido nada da empreiteira.