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Rollemberg busca ajuda a DF e estados

Governador afirma que situação de calamidade pública do Rio de Janeiro é alerta para a urgência de renegociação das dívidas com a união

postado em 19/06/2016 08:41

Governador afirma que situação de calamidade pública do Rio de Janeiro é alerta para a urgência de renegociação das dívidas com a união

Diante da situação financeira do Rio de Janeiro, com decretação de estado de calamidade pública, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), alerta para a necessidade de renegociação das dívidas dos estados e agilização de repasses devidos pela União. Amanhã, Rollemberg se reúne, em Águas Claras, com governadores para elaborar uma pauta de reivindicação geral. ;Precisamos também tratar as questões específicas de cada um.; Rollemberg, que enfrentou várias greves e chegou a atrasar o salário de servidores, diz que, sem a ajuda financeira da União, a situação é bastante arriscada. ;Não temos mais margem para corte. O cenário é de instabilidade e de incertezas. Vamos ter um fim de ano muito difícil. Vamos precisar de suplementação orçamentária, na Saúde, por exemplo. Nós precisamos de ajuda do governo federal.;

Mas então, nessa disputa, serviços essenciais prestados pelo Estado serão comprometidos.
O cenário é de instabilidade e de incertezas. A gente não sabe como vai se comportar a arrecadação nos próximos meses. Vamos ter um fim de ano muito difícil. Vamos precisar de suplementação orçamentária, na Saúde, por exemplo. Nós precisamos de ajuda do governo federal também. Todos os estados devem ter uma pauta comum e uma diferenciada.

Até que ponto o socorro ao Rio, a partir da decretação de calamidade pública, pode comprometer a renegociação com outros estados endividados?

Nós reconhecemos que o Rio de Janeiro, de fato, enfrenta uma situação muito difícil. É evidente que precisa de uma atenção especial. Mas é fundamental compreender que todos os estados estão numa situação muito difícil e que, em alguma medida, todos eles precisam de ajuda. É fundamental que tenham algumas medidas que possam contemplar o conjunto dos estados.

Que medidas?
A renegociação das dívidas, do ponto de vista de reduzir o estoque da dívida. É preciso uma carência para o pagamento. Alongar é importante, mas ela é muito mais importante para alguns estados, a exemplo do Rio, Rio Grande do Sul e São Paulo, do que para outros que não têm dívidas. Os estados que não se endividaram bastante não podem ser penalizados. Mas esses estados hoje também estão numa situação financeira muito difícil.

O Planalto planejava uma negociação de maneira genérica, com todos os estados. O senhor defende que seja negociado
caso a caso ou uma pauta geral?

É preciso ter um aspecto geral na negociação que atenda a todos, mas precisamos de medidas específicas para o conjunto de governadores. Em Brasília, por exemplo, temos uma situação muito difícil. Comprometimento da receita com pessoal, temos o fechamento do ano muito difícil e a renegociação da dívida é muito pequena. Juntando a dívida da União com o BNDES, nós pagamos R$ 13 milhões por mês. Tem estado que paga R$ 200 ou R$ 300 milhões. Agora, nós temos para receber da União, por exemplo, R$ 724 milhões de compensação previdenciária. É claro que a gente quer, em algum momento, receber isso de forma parcelada. Outra coisa: todos os estados querem que entre na renegociação da dívida o BNDES e me parece que, em relação aos empréstimos do BNDES, o governo está disposto a fazer isso. Com uma carência e com um alongamento. Há um grupo de estados, por exemplo, que têm dívidas em relação à Copa do Mundo de 2014. Aí já é outro conjunto.

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