Natália Lambert
postado em 20/06/2016 16:31
Em busca de uma conciliação com os governadores, o Ministério da Fazenda ofereceu um novo acordo para renegociar a dívida dos estados. De acordo com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, aumentou a proposta de carência de 18 para 24 meses, mas com um percentual de pagamento que aumentaria gradualmente e isenção somente nos dois primeiros meses. Inicialmente, o Fórum de Governadores havia sugerido dois anos de suspensão total do pagamento. A proposta foi negada pelo governo e, agora, eles tentam negociar 10 meses de carência.Leia mais notícias em Política
[SAIBAMAIS]Segundo Perillo, os estados precisam de mais tempo sem pagar as parcelas para que eles possam se reequilibrar financeiramente neste momento de crise. O governo tucano explicou a nova proposta da Fazenda: a suspensão de 100% da parcela seria por dois meses e, a partir do primeiro pagamento, o valor de desconto cairia gradativamente 10% a cada bimestre até chegar a 40% do valor em julho de 2017. A partir daí, até dezembro de 2017, o percentual ficaria congelado em 40%. Em 2018, o escalonamento voltaria a ocorrer na proporção de 10 pontos percentuais a cada bimestre até zerar o período da moratória.
Neste momento, um grupo de representantes de 18 unidades da Federação está reunido com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para solucionar o impasse. O grupo é aguardado no Palácio do Planalto para um encontro com o presidente em exercício, Michel Temer. Mais cedo, os chefes de Executivos estiveram reunidos na residência oficial de Águas Claras, a convite do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), para alinhar uma estratégia de negociação.