O Distrito Federal conseguirá economizar R$ 60 milhões em 2016, após a decisão do governo federal de renegociar as dívidas das unidades da Federação com a União. Pelas regras, os estados só voltarão a quitar o que devem no ano que vem. A partir de janeiro, os pagamentos serão escalonados e o desconto vai reduzir, gradualmente, em 5,55 pontos percentuais por mês, até junho de 2018. Em 2017, a Secretaria de Fazenda do DF estima uma economia de R$ 100 milhões.
;Foi um resultado bem além do que esperávamos. Foi ótimo para os estados que têm dívidas altas, mas para nós também ficou de bom tamanho;, destacou o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele foi anfitrião de um almoço com parte dos governadores na residência oficial de Águas Claras. De lá, os administradores seguiram para o Ministério da Fazenda, onde negociaram com Henrique Meirelles. De lá, seguiram para o Planalto, onde selaram a renegociação com o presidente em exercício, Michel Temer.
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Rollemberg afirmou que a economia poderá ajudar o governo a investir em saúde e mobilidade urbana, por exemplo. Após a renegociação, a dívida do Distrito Federal ainda está alta ; na casa dos R$ 2 bilhões. ;Mas já foi bem maior. Assumimos o Buriti com um rombo de R$ 6,6 bilhões;, lembrou ele.
O governador afirmou que diversos esforços foram feitos nestes primeiros 18 meses de gestão para tentar reduzir os gastos da máquina pública. ;Cortamos quase R$ 1 bilhão com a redução de 5 mil cargos comissionados, viagens, gastos com gasolina e alimentação. Também estamos revisando alguns processos licitatórios, como em serviços de vigilância;, declarou.
Outras medidas poderão ajudar ainda mais para reequilibrar as finanças da capital federal, como a proposta de emenda constitucional, já aprovada pelo Senado, que permite a utilização, para o pagamento de precatórios, de recursos privados depositados em juízo. Pelos cálculos da Fazenda do DF, isso significaria aproximadamente R$ 23 milhões. ;Também tentamos negociar o pagamento das compensações previdenciárias por parte da União, o que significaria mais recursos em nosso Caixa;, reforçou Rollemberg.
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