postado em 21/06/2016 10:03
A Operação Turbulência, deflagrada na manhã desta terça-feira (21/6), é um desdobramento das investigações envolvendo o avião que transportava o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) durante a campanha presidencial de 2014.Os investigadores descobriram que ;laranjas; apareciam como os verdadeiros donos da aeronave modelo Cessna Citation. O avião estava no nome da AF Andrade Empreendimentos e teria sido repassado a empresários nordestinos.
Empresas transferiram valores para valores para a AF Andrade. A companhia encaminhou extratos para a Polícia Federal. São 16 transferências de fantasmas que somam R$ 1,7 milhão. O empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melho Filho, preso em São Paulo, é considerado o ;operador; da ;compra;. No extrato da AF Andrade consta uma transferência dele no valor de R$ 195 mil.
Apolo Santana Vieira é dono de uma importadora de pneus. Ele aparece com João Carlos na intermediação do negócio. Para a PF, os voos eram usados eram usados como parte do pagamento de propina. As ;doações eleitorais; em forma de ;táxi aéreo; não eram contabilizadas oficialmente.
Ligação com Yousseff
Uma das empresas que transferiram recursos para "compra" do avião que transportava Eduardo Campos é a Câmara & Vasconcelos. Ela aparece na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff, um dos principais operadores do esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
Os investigadores descobriram que ela transferiu R$ 100 mil para a conta da AF Empreendimentos, que seria inicialmente responsável pela aeronave. Em depoimento, o doleiro refere-se a uma dívida de campanha de 2010.