Jornal Correio Braziliense

Politica

Polícia Federal prende o ex-ministro Paulo Bernardo, em Brasília

Um mandado de busca e apreensão também está sendo cumprido na casa da senadora Gleisi Hoffmann



Todos os presos serão levados para a Superintendência da PF em São Paulo. Se forem provadas as suspeitas, os investigados serão processados por tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, as punições variam de 2 a 12 anos de prisão.

Pixuleco 2
Em 13 de agosto do ano passado, a Lava-Jato deflagrou a fase ;Pixuleco 2;. Negócios no Ministério do Planejamento envolviam propinas de R$ 50 milhões, segundo as primeiras investigações. O ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Corrêa de Oliveira Romano (PT) foi detido à época e fez acordo de delação premiada com os investigadores posteriormente. Ele era um dos operadores do esquema no ministério que era comandado por Paulo Bernardo.

Os subornos teriam sido obtidos a partir de contrato de crédito consignado com o Ministério de Planejamento. As propinas foram confirmadas pela investigação por meio de valores recebidos através de empresas de fachada e uma empresa de informática chamada Consist. O dono da empresa, Plablo Kupersmit, havia sido preso em agosto.

A Lava-Jato já se desdobrou em uma série de investigações pelo Brasil como ;O Recebedor;, sobre desvios na ferrovia Norte-Sul em Goiás, ;Radiotividade;, sobre desvios na usina Angra 3, no Rio de Janeiro. O caso ainda subsidia apurações em Belo Monte, no Pará, e em Recife, em que a Operação Turbulência foi abastecida com informações sobre desvios na refinaria Abreu e Lima ligados ao financiamento de campanhas do ex-governador falecido Eduardo Campos (PSB).