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Politica

Senado protocola inquérito para apurar vazamento de delação de Machado

Os áudios vieram à tona com o pedido de prisão dos parlamentares, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF)


O Senado protocolou na Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (23/6) um pedido de abertura de inquérito contra o vazamento do conteúdo do acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O pedido foi feito pela Mesa Diretora do Senado e elaborado pela Advocacia-Geral da Casa. A Mesa é composta por dois alvos da Operação Lava Jato que tiveram conversas gravadas por Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Os áudios vieram à tona com o pedido de prisão dos parlamentares, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Renan criticou o vazamento da delação e afirmou que iria procurar pessoalmente o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, para colocar o Senado à disposição para investigar os "crimes". Ele chegou a insinuar mais de uma vez que Janot poderia estar por trás do vazamento.



Após o episódio dos vazamentos, Janot negou a acusação e determinou que Daiello instaurasse um inquérito para apurar o vazamento das informações.

Ontem, também a pedido da Mesa, a Advocacia-Geral do Senado protocolou uma reclamação no STF para anular a busca feita em um apartamento funcional da instituição, ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A Operação Custo Brasil, da PF, visava o marido da parlamentar, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo.

O Senado também pediu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abra uma investigação para apurar a atuação do juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6; Vara Federal de São Paulo, que expediu o mandado. Os parlamentares consideram que, como Gleisi possui foro privilegiado, o juiz deveria ter pedido autorização do STF.