Naira Trindade
postado em 28/06/2016 07:01
A instabilidade de decisões do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), no fim de semana irritou parlamentares, que criticaram a improdutividade e o aumento no custo da inconstância dele em relação às sessões deliberativas. De sexta-feira a domingo, os deputados receberam quatro informativos diferentes sobre a semana de trabalho na Câmara. O último ; que vigorava até o fechamento da edição ; é de que haverá sessão deliberativa hoje e os parlamentares ausentes não terão a falta descontada na folha de pagamento. Ontem, líderes partidários criticaram o recesso branco para festas juninas.
[SAIBAMAIS]Autor da famosa canetada que tentou suspender (e depois recuou) a sessão que aceitou o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara, Maranhão cedeu novamente à pressão e decidiu manter uma sessão deliberativa hoje, mas sem obrigar os colegas a participarem. Até conseguir bater o martelo, porém, o presidente em exercício atrapalhou-se. Mandou pelo menos quatro mensagens aos parlamentares. Na primeira, na sexta, cancelava as sessões deliberativas. Depois, voltou atrás e convocou sessões para ontem e hoje. No domingo, foram dois ofícios: um informava de atividade na terça e na quarta e o último mantém votações somente hoje, e sem obrigatoriedade de presença.
Os recuos repercutiram negativamente entre líderes, que tentaram, sem sucesso, convocar os deputados das bancadas para a sessão de hoje. A intenção era que se tentasse aprovar os projetos alinhados ao governo do presidente em exercício Michel Temer. Porém, com a liberação do presidente em exercício, acredita-se que não haverá quorum para votar nada. O líder do Governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), pediu ontem a compreensão de Maranhão para as próximas semanas. ;Espero que haja sensibilidade do presidente Maranhão na próxima semana;, disse, após se reunir com ministros, no Planalto.
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