Agência Estado
postado em 01/07/2016 18:48
Ao pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Lúcio Bolonha Funaro, na Operação Lava-Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou um esquema de divisão de propinas pagas por empresas em troca de aportes do Fundo de Investimento do FGTS. O principal beneficiário seria o presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ficaria com 80% dos recursos envolvidos na prática fraudulenta.Leia mais notícias em Política
[SAIBAMAIS]As afirmações de Janot se baseiam na delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, antecipadas nesta sexta-feira (1;/7) pelo estadão.com. Conforme o delator, Cunha cobrava comissões sobre o valor dos investimentos feitos pelo fundo. Os porcentuais, variáveis, giravam em torno de 1%. Do montante supostamente pago pelas empresas, 80% ficariam com o deputado, 12% com Funaro, 4% com Cleto e 4% com Alexandre Margotto, funcionário de Funaro.
Funaro é aliado de Cunha e responsável por indicar Cleto ao cargo na Caixa. Em troca, o ex-executivo deveria garantir qualquer solicitação feita pelo parlamentar no FI-FGTS.