Eduardo Militão, Jacqueline Saraiva
postado em 06/07/2016 07:31
Uma organização criminosa que atuava na Eletronuclear é alvo de uma operação derivada da Lava-Jato, a Pripyat. Um dos alvos é o ex-presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que está em prisão domiciliar. Seis funcionários da empresa, que integravam o núcleo operacional das fraudes, tiveram a prisão preventiva decretada e o atual diretor foi afastado por ordem judicial. Segundo a Polícia Federal (PF), 130 agentes cumprem mandados no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
De acordo com a investigação, que usou informações da delação premiada de executivos da Andrade Gutioerrez, um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3. Othon Luiz, que já é réu em processo na 7; Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro, é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, por receber ao menos R$ 4,5 milhões em propinas para facilitar a contratação dos consórcios responsáveis pelas obras.
Além das seis prisões preventivas, outros três mandados de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 26 mandados de busca e apreensão serão cumpridos. As decisões foram expedidas pela 7; Vara Federal Criminal. A ação está sendo realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).
Os crimes apurados são de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, sendo um desdobramento no Rio de Janeiro da 16; fase da Operação Lava-Jato, denominada Radioatividade. A operação recebeu o nome Pripyat em uma referência à cidade da Ucrânia que foi devastada e se tornou ;fantasma; após o acidente nuclear em Chernobyl.
[VIDEO1]