Agência Estado
postado em 11/07/2016 17:46
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), confirmou nesta segunda-feira (11/7) a intenção de dar continuidade nesta terça-feira (12/7) à discussão do recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na comissão. O recurso foi apresentado após o Conselho de Ética aprovar processo de cassação contra o deputado fluminense.
Serraglio havia estabelecido a data da reunião inicialmente para esta segunda, mas depois remarcou para terça. As idas e vindas do presidente da CCJ causaram polêmica uma vez que a data final poderia coincidir com a realização da disputa pela presidência da Câmara.
"Remarquei apenas porque não haverá mais o esforço concentrado previsto para essa semana. A sessão está mantida para amanhã e iniciará no horário de sempre", afirmou Serraglio à reportagem.
No encontro de terça está prevista a exposição dos advogados de defesa de Cunha por até 2h19, mesmo tempo utilizado, na semana passada, pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), relator do recurso. Em seguida deverá ser aberto o debate entre aqueles que são contra ou a favor do recurso.
"No final pretendo dar a palavra ao Eduardo Cunha, por até 20 minutos. Esse é o rito", afirmou o presidente da CCJ. O deputado não quis fazer, contudo, uma previsão de quando o caso será encerrado na comissão. Caso não seja votado nesta semana, o recurso de Cunha deverá voltar à pauta somente em agosto, após o recesso legislativo.
Candidatura
Cotado para disputar a presidência da Câmara, Osmar Serraglio disse também que espera uma decisão da bancada do PMDB para se lançar oficialmente. O encontro dos peemedebistas está marcado para amanhã de manhã.
Apesar de ser um dos postulantes, Serraglio considera que dificilmente o nome dele vai para as urnas, uma vez que o deputado e ex-ministro Marcelo Castro (PMDB-PI) já se antecipou e oficializou o nome na briga pelo comando da Casa. "Com a candidatura dele fica mais difícil eu lançar. Acabaria causando um racha dentro da própria bancada, o que não é bom para ninguém", afirmou Serraglio.