Politica

Apesar do desgaste da Lava-Jato, Lula é escalado para reeleger Haddad em SP

Em convenção tímida, PSDB apresenta Dória

Paulo de Tarso Lyra
postado em 25/07/2016 06:00
Em quarto lugar nas pesquisas, PT aposta todas as fichas em Haddad (C)
Afastado do poder federal pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff ; cujo processo deve ser concluído no fim de agosto ; o PT realizou ontem a convenção na única capital que administra: São Paulo. Com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá de provar ainda ser um cabo eleitoral forte, após os desgastes provocados pela Operação Lava-Jato, o partido ratifica a campanha à reeleição de Fernando Haddad, que aparece apenas em quarto lugar nas pesquisas eleitorais.

Não é só a mudança de poder federal que provocará todo um rearranjo de forças políticas no país. Será a primeira eleição municipal sem financiamento privado e com um tempo reduzido de 90 para 45 dias de campanha. ;Os candidatos estão orientados a encaixar as campanhas dentro das novas realidades financeiras;, afirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP).

[SAIBAMAIS]O PSDB tem cautela para divulgar os nomes dos pré-candidatos, afirmando que as convenções só serão concluídas em 5 de agosto. Mas o partido terá nomes fortes em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Minas Gerais, além de buscar a reeleição em Manaus, Belém, Maceió e Teresina. Na capital paulista, os tucanos lançaram o nome do empresário João Dória, que consegue estar ainda pior do que Haddad nas pesquisas, aparecendo em quinto lugar. Para minimizar o incômodo provocado pela escolha de um nome que não era do partido, o diretório municipal formou uma chapa puro-sangue, com o deputado Bruno Covas.



O evento que oficializou a candidatura não contou com a participação de tucanos históricos, mas que teve o governador Geraldo Alckmin como protagonista. A ausência do chanceler José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente nacional do partido, Aécio Neves (que enviou uma mensagem), foi compensada pelo senador Aloysio Nunes, que fez campanha contra Doria nas prévias da legenda.

A capital paulista acabou sendo alvo de cobiça dos três maiores partidos brasileiros. Depois de muito tempo a reboque do PSDB ; e em alguns momentos, do próprio PT ; o PMDB filiou Marta Suplicy para tentar comandar a maior cidade do país. A estratégia, por enquanto, está dando certo. Marta está em segundo lugar, atrás apenas do candidato do PRB, Celso Russomanno. O líder nas pesquisas de intenção de voto disse que ;não está preocupado, está tranquilo; em relação ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, previsto para agosto, de uma ação em que é réu por supostamente empregar recursos públicos da Câmara para pagar os salários de uma funcionária que atuava para sua produtora de TV. ;Eu não tenho insegurança jurídica nenhuma;, declarou.

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