Eduardo Militão
postado em 25/07/2016 06:01
Anfitrião de eventos internacionais como a Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos deste ano, o Brasil aumentou a chance de ser alvo de ataques terroristas, apesar de, na avaliação de especialistas, ainda apresentar um risco bem menor do que outras nações. Por causa da exposição, o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) aumentará o número de agentes infiltrados nos eventos olímpicos, em especial nos de grande aglomeração de pessoas, como na cerimônia de abertura, em shows e partidas de futebol.
No Rio de Janeiro, funcionários de hotéis e concessionárias de serviços públicos foram orientados a relatar à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) movimentações estranhas de pessoas em horários considerados suspeitos e com roupas não condizentes com a clima da cidade durante os Jogos. Vários integrantes do Sisbin vão participar como ;observadores de inteligência;. Eles estarão nos eventos à paisana, comprando ingressos, mas com o objetivo de recolher dados e repassar aos órgãos de segurança conforme vejam ameaças concretas nos locais de competição e nas ruas da cidade. ;São pessoas treinadas para atuar como agentes de segurança nos eventos. Ingressarão nos locais de competição como parte do público espectador;, explica a assessoria da Abin.
Na avaliação de alguns analistas o número de monitorados é baixo. Só há ;dezenas de pessoas; nessa situação, afirmou José Maria Panoeiro. As classificações de risco são mantidas em sigilo pelos integrantes do Sisbin. O procurador relatou uma conversa que teve há poucos dias, antes dos atentados em Nice, na França, com um agente francês que comentava a situação brasileira em relação a outros países. O investigador disse que os brasileiros não estão imunes a lobos solitários, porque isso entra na conta do imprevisível, mas não havia monitoramento da França de ninguém de terrorismo estrangeiro. ;Vocês não têm realidade de guerra, não têm base da Otan, como a Turquia, que está em posição estratégica;, avaliou o francês.
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