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Politica

'Tira minha administração dessa conversa', diz Haddad sobre Lava-Jato

Haddad admitiu que o maior erro do PT no governo federal foi não ter feito a reforma política para acabar com o financiamento empresarial de campanhas



Para explicar a fisiologia política, Haddad disse que em São Paulo é fácil construir uma maioria na Câmara Municipal por conta da pressão popular e pelo número menor de parlamentares, ao contrário de Brasília. "Aqui são 55 vereadores (...) e é possível aprovar propostas com a força popular. Lá, com 513 deputados e 81 senadores, que força você vai reunir? O maior erro do PT foi não ter feito a reforma política e ela (Dilma) foi vítima disso também", reforçou.

O prefeito rebateu ainda as denúncias de que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teria viabilizado a injeção de recursos de caixa 2 na campanha à eleição em 2012 e ainda o possível uso de dinheiro não contabilizado por meio do marqueteiro João Santana, preso na Lava Jato. "Na minha campanha quem responde sou eu e o meu tesoureiro. E você não vai encontrar ninguém que fale sobre nada além da legislação", disse sobre as denúncias.

"Eu tive cuidado de assinar o contrato com o João (Santana) e checar o que tinha no mercado, em sintonia plena com a do (José) Serra (derrotado por Haddad em 2012) para evitar ilações e suspeitas, até porque em 2012 estava no auge do mensalão", completou o prefeito.