Eduardo Militão
postado em 27/07/2016 06:08
A defesa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF) encaminhou 13 perguntas para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), responder no processo em que o ex-parlamentar é acusado de pedir R$ 35 milhões ; e obter R$ 7 milhões ; de empreiteiras a fim de protegê-las em CPIs da Petrobras no Congresso em 2014.
[SAIBAMAIS]Ontem, o juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, determinou que se aguarde uma manifestação do Ministério Público, antes de enviar o ofício com as perguntas para Rodrigo Maia. Nelas, o advogado de Gim, Marcelo Bessa, questiona se o deputado integrou a CPI mista da Petrobras de 2014 e como é o funcionamento dessas comissões.
A defesa pergunta se é possível a um parlamentar, de maneira isolada, impedir a convocação de uma testemunha. ;Um único membro da CPMI teria como impedir a convocação ou até mesmo o depoimento de qualquer pessoa na CPMI?;, questiona. ;Alguma vez o ex-senador Gim Argello o abordou para lhe pedir que o senhor convencesse qualquer outra autoridade a não convocar os empreiteiros para prestarem depoimento na CPMI?;, perguntou também.
O juiz Sérgio Moro negou a existência de acordo de delação premiada de Gim. ;Perante este juízo, não há qualquer acordo de colaboração do referido acusado;, disse o magistrado ao responder ao pedido do réu Paulo Roxo para anexar o suposto documento ao processo criminal.
A defesa do ex-ministro e ex-líder do PP na Câmara Aguinaldo Ribeiro (PB) pediu para o deputado ser dispensado do depoimento pedido por Gim. ;O peticionário pode verificar não ter qualquer conhecimento sobre os fatos em questão, tampouco aqueles atribuídos a Jorge Afonso Argello;, argumentou. Moro perguntou à defesa do ex-senador se ele insiste na necessidade de ouvir Ribeiro.