postado em 27/07/2016 06:20
De olho no voto dos senadores considerados indecisos em relação ao processo impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será votado definitivamente em agosto, o presidente interino Michel Temer intensificou conversas com parlamentares. Na segunda-feira, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), ex-ministro da gestão petista, participou de reunião com Temer no Palácio do Planalto. Oficialmente, o encontro ocorreu para tratar de assuntos relativos ao Orçamento de 2017. Nos bastidores, circula a informação de que Braga teria decidido votar a favor do impedimento da petista.
Ele espera que Temer ajude a fazer com que o processo de cassação do governador do Amazonas, José de Melo, que se encontra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tenha celeridade. Em caso de cassação, Braga assumiria o posto, já que ficou em segundo lugar nas eleições. Em janeiro, Melo teve mandato cassado por compras de votos e recorreu da decisão. Ele é acusado de abuso de poder por meio de distribuição de tablets para alunos da rede pública, reajuste do salário de servidores públicos, entrega de equipamentos de saúde no interior do estado, uso de imagens institucionais em propaganda eleitoral obrigatória, entre outros fatos citados no processo. O caso chegou ao TSE em abril.
A assessoria de imprensa de Braga confirmou o encontro com o presidente interino, mas informou que o senador ainda não decidiu tornar público o seu voto sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. O senador, por meio de assessores, comunicou que é relator do Orçamento e que esteve uma hora antes com o ministro do Planejamento, Diogo Oliveira, para tratar de fundos setoriais. A assessoria afirmou que ele não votou pela admissibilidade do processo porque estava de licença médica. Agora, ele estará na sessão que decidirá o futuro da presidente afastada.
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