postado em 02/08/2016 07:06
O relator da Comissão Especial de Impeachment no Senado, Antônio Anastasia (PSDB-MG), apresentará hoje, no colegiado, o relatório final sobre o processo de impedimento da presidente afastada, Dilma Rousseff. Após a leitura, deve ocorrer pedido de vista coletiva do processo. O documento pedirá que a petista seja levada a julgamento por ter cometido crime de responsabilidade e deve ser votado na comissão na quinta-feira (veja quadro).
Na sessão de amanhã, os senadores vão debater o conteúdo do relatório apresentado pelo tucano. Parlamentares petistas aproveitarão a sessão de hoje para apresentar um voto em separado que, na prática, deve ter efeito inócuo. A tendência é o relatório de Anastasia ser aprovado no colegiado por ampla margem de votos. Após passar pela comissão, o texto segue para o plenário. A expectativa é de que a leitura ocorra na sexta-feira e a votação em 9 de agosto, próxima terça-feira. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai abrir a sessão e repassar o comando para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoski.
É necessária maioria simples de votos para que o processo prossiga para sua última etapa. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve acontecer em 29 de agosto. A votação final ocorrerá em 2 de setembro. Ontem, o senador Romero Jucá, um dos principais aliados de Temer no Senado, subiu à tribuna para defender celeridade no processo. ;Não dá mais para estender essa agonia para além de agosto. Não há porque levar essa questão para setembro. O Brasil todo espera por uma solução definitiva;, afirmou.
Ele afirmou que não há necessidade de se esperar 20 dias após a votação do relatório de Antônio Anastasia em plenário. Jucá defende que a indefinição prejudica a situação econômica do país. ;Uma coisa é você defender a presidente e outra coisa é tentar postergar e manter o país nessa insegurança jurídica. Falam em golpe, mas se comportam como quem quer o golpe parcelado. Você compra o golpe e paga em 12 parcelas;, ironizou.
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