postado em 02/08/2016 11:48
A 33; fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta terça-feira (2/8) pela Polícia Federal (PF), tem com um dos objetivos esclarecer denúncias de que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pagamentos ilegais, o chamado ;caixa 2;, do consórcio Quip, que tinha contratos bilionários com a Petrobras.
[SAIBAMAIS]O dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse ao juiz Sergio Moro, no ano passado, que o consórcio Quip repassou R$ 2,4 milhões em dinheiro ao tesoureiro da campanha de reeleição de Lula, José de Filippi Júnior. O vídeo da delação foi divulgado pela imprensa.
A operação desta terça-feira tem como alvo principal a empreiteira Queiroz Galvão, sócia majoritária do consórcio Quip, que firmou contratos bilionários com a Petrobras para a reforma e contrução de plataformas de extração de petróleo, como a P-53 e a P-55.
;É uma investigação que ainda está em andamento em relação a reunir indícios, basicamente o que se tem é o relato de colaboradores de que em 2006 a Quip teria sido abordadada. Foram solicitadas doações eleitorais que, na verdade, seriam também um pagamento de vantagem indevida por conta da plataforma P-53;, disse a delegada da PF Renata da Silva Rodrigues.
Dois mandados de prisão preventiva, tendo como alvo os ex-executivos da Queiroz Galvão Othon Zanoide e Idelfonso Colares, foram cumpridos hoje pela PF. O executivo da Quip Marco Pereira Reis teve decretada a prisão temporária, mas a ordem judicial ainda não foi cumprida por ele se encontrar no exterior.