Politica

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tira PMs da segurança da Câmara

Sandra Tadeu (DEM) também fez críticas ao governo tucano. "Os policiais que saíram devem voltar", pediu

Agência Estado
postado em 03/08/2016 08:31
A assessoria de Alckmin informou, por meio de nota, que o decreto reestrutura todo efetivo da PM com o objetivo de ampliar o número de policiais nas ruas
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) extinguiu a assessoria militar da Câmara Municipal de São Paulo. Oficializada em decreto de 14 de julho, a medida já resultou no corte de 25 policiais - quatro deles bombeiros. Até dezembro, a expectativa é de que os 18 policiais militares que ficaram também sejam remanejados, apesar dos protestos dos vereadores.

Na terça-feira, 2, na primeira sessão plenária após o recesso de julho, o presidente Antonio Donato (PT) pediu aos parlamentares que intercedam com o governador. Ele disse aos vereadores que a Mesa Diretora da Casa já pediu uma reunião com Alckmin, a fim de reverter a medida, sem sucesso por enquanto.

[SAIBAMAIS]"A assessoria militar da Câmara existe há mais de 40 anos. Não dá para a Guarda Civil Metropolitana fazer a segurança dos vereadores. Ela está aqui pela instituição e nós temos aqui muitos movimentos de massa", justificou Donato, referindo-se aos protestos que acontecem dentro e fora da Câmara quando há votação de projetos de lei polêmicos. "A questão não está encerrada", completou.

Segundo o petista, os 18 policiais que ficaram não estão mais lotados na Câmara, mas na Secretaria Municipal de Segurança Urbana, que os cedeu a pedido da Casa. "Mas até o dia 31 de dezembro, todos vamos sair", disse um dos PMs que ainda trabalham na Casa.

Para Wadih Mutran (PDT), o governo "parece estar esperando acontecer alguma coisa com um dos 55 vereadores para resolver agir". "Não pode ser assim. Há necessidade de termos aqui a GCM e também a PM."



Sandra Tadeu (DEM) também fez críticas ao governo tucano. "Os policiais que saíram devem voltar", pediu. O mesmo decreto que eliminou a assessoria militar da Câmara manteve o mesmo tipo de serviço nos demais órgãos públicos com sede na cidade, como a própria Prefeitura, o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa.

Pelotão
O efetivo de 43 policiais que atuava na Câmara Municipal até meados de julho era o equivalente a dois pelotões da PM. A essa quantidade de policiais se soma ainda o total de guardas-civis que atuam no Legislativo - hoje são 79. Com a mudança, levando-se em conta as folgas, a Câmara tem à disposição de nove a dez policiais por dia. Um dos serviços que deixará de ser feito é o policiamento das galerias do plenário.

A assessoria de Alckmin informou, por meio de nota, que o decreto reestrutura todo efetivo da PM "com o objetivo de ampliar o número de policiais nas ruas atuando no policiamento ostensivo, preventivo e na defesa da população do Estado".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação