Paulo de Tarso Lyra
postado em 04/08/2016 07:02
A ameaça dos aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ; antecipada pelo Correio na edição de ontem ; de esvaziar o plenário para adiar o processo de cassação do peemedebista deixou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em uma situação delicada. Para não passar a imagem de que está protegendo o ex-aliado, Maia não poderá deixar que a votação aconteça após as eleições. Por outro lado, precisa ter precisão cirúrgica para garantir que, no dia em que o assunto entrar efetivamente na pauta, haverá quórum suficiente para cassar Cunha.
Ontem, o demista reuniu-se com representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que desejavam antecipar a votação das dez medidas apresentadas pelo Ministério Público Federal. A data prevista é 9 de dezembro. Maia disse que o calendário eleitoral impedia a antecipação e deixou claro aos procuradores as três pautas prioritárias antes das eleições municipais: o projeto de renegociação da dívida dos estados; o que estabelece novas regras para exploração do pré-sal; e a cassação de Eduardo Cunha.
Ao deixar o Congresso ontem em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF) para um encontro com o presidente da Corte, Ricardo Lewandovski, Maia reafirmou que o assunto será pautado antes das eleições municipais. ;Eu vou ler o relatório na segunda e marcarei a data para a análise em plenário. No dia em que marcar, vai ter quórum. Ontem (terça-feira), em plena semana de convenções partidárias, conseguimos colocar 430 deputados em plenário;, completou o presidente da Câmara.
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