Politica

PF intima dona Marisa e filho mais velho de Lula para depor sobre sítio

O Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), é investigado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato

Agência Estado
postado em 08/08/2016 19:53
A Polícia Federal intimou a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva e o filho mais velho do ex-presidente Lula, Fábio Luíz Lula da Silva, para prestarem "esclarecimentos" sobre a compra e reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), investigado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato, em Curitiba. Foram intimados ainda os donos oficiais do imóvel, os empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna - ambos sócios da família.

[SAIBAMAIS]"Queira Sr. Escrivão intimar para prestar esclarecimentos acerca dos fatos investigados no presente IPL as pessoas de Marisa Letícia Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, Jonas Leite Suassuna e Fernando Bittar", registra despacho do delegado Márcio Adriano Anselmo, do dia 4.



Lula é investigado em três inquéritos principais na força-tarefa da Lava Jato em Curitiba: um sobre a compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), sobre compra e reforma do tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, no litoral paulista, e sobre recebimentos do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras e Eventos - do ex-presidente.

No Supremo Tribunal Federal (STF), Lula foi denunciado há dez dias por tentativa de obstrução às investigações da Lava Jato, junto com o ex-senador e ex-líder do governo Delcídio Amaral. Os dois teriam tentado pagar para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fizesse delação premiada.

A Lava Jato considera ter elementos para apontar que o sítio e o tríplex, apesar de estarem registrados em nome de terceiros, eram de Lula - beneficiário de recursos de propina da Petrobrás

Para os delegados e procuradores, a compra e a reforma dos imóveis envolveram empreiteiras do cartel que fatiavam obras na Petrobras mediante pagamentos de propinas para PT, PMDB e PP.

Laudo produzido pela PF, neste inquérito sobre o sítio, apontou que o imóvel foi reformado em duas ocasiões pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, com a participação direta de outro alvo da Lava Jato, o pecuarista amigo de Lula José Carlos Bumlai.

A defesa de Lula afirmou em diversas ocasiões que tanto o sítio em Atibaia quanto o apartamento na cidade do litoral paulista não pertencem ao ex-presidente.

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