Politica

Petistas saem em defesa de Dilma Rousseff e acusam Temer durante votação

Michel Temer foi criticado e os políticos afirmaram que ele não poderá ser investigado por crime anteriores

Agência Estado
postado em 09/08/2016 21:02
Petistas se pronunciaram contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Exaltado, o senador Lindbergh Farias (RJ), classificou o processo como "uma fraude, uma farsa e um teatro de mau gosto". "Quando atacam Lula e o PT o fazem por um motivo, é porque esse golpe é um golpe de classe, é um golpe das elites dominantes", acusou o parlamentar.

O senador também criticou o presidente em exercício, Michel Temer, e disse que ele não poderá ser investigado por crime anteriores se o impeachment for aprovado. "Temer não sustenta esse governo até 2018. Uma delação de Eduardo Cunha acaba com esse governo", disse.

"Não estamos votando aqui só o afastamento de Dilma. Estamos votando se Temer vai ser investigado ou não. Presidente da República só pode ser investigado por fatos referentes a esse mandato. Se ele vira presidente, não poderá ter investigação sobre os R$ 10 milhões da Odebrecht", continuou.

Na delação que a empreiteira está negociando, Temer é citado por participar de uma reunião em 2014 que resultou na doação de R$ 10 milhões. O senador afirmou que as testemunhas ouvidas na Comissão Especial do Impeachment deixaram claro que Dilma é inocente. "Como pode ter crime sem ter autoria? O próprio Ministério Público disse que não havia operação de crédito. Isso aqui virou um balcão de negócios. Até melancia ganhou cargos nessa discussão. E olha que nesse momento somos juízes. Um juiz não pode negociar cargos com a outra parte", declarou. Lindbergh disse que, se o processo for aprovado, Dilma "entrará para a história" ao lado dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart.

José Pimentel (PT-CE), declarou que "não há crime a ser investigado" contra Dilma. "Resta a certeza de que não existe sequer um ato criminoso da presidenta." O parlamentar afirmou que o Tribunal de Contas da União mudou a sua interpretação em 2015 sobre a edição de decretos de créditos suplementares pelos quais a presidente é julgada. "Pergunto se é desse lado da história que a maioria quer ficar. Afinal, estamos aqui de passagem, mas a história é permanente. Esse processo de impedimento foi movido pelo sentimento de vingança", declarou.

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