Com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, no comando dos trabalhos, os senadores abandonaram os tradicionais debates acalorados registrados desde que o processo de impeachment de Dilma Rousseff chegou à Casa, em abril.
Nesta terça-feira (9/8) Lewandowski pediu que os senadores só pedissem a palavra para se pronunciar sobre questões processuais "Tendo em conta a previsão de que esta sessão poderá tornar-se um tanto quanto longa, eu peço vênia, desde logo, para ser muito rigoroso na contagem dos prazos."
Com elegância, Lewandowski chegou a cortar o áudio de Gleisi Hoffmann (PT-PR). "Senhora senadora, eu tenho que ser muito rígido com o tempo. Peço escusas à Vossa Excelência, que esgotou com muito brilho essa questão de ordem."
O ministro - que foi indicado para o STF pelo ex-presidente Lula e deixará o comando da Corte no dia 10 de setembro, pouco depois do julgamento final do processo, foi elogiado pelos dois lados. Arrancou até elogios do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se disse "feliz" por ele ter antecipado o comando dos trabalhos. "O presidente Lewandowski está demonstrando a sua competência, maturidade e absoluta isenção aqui no Senado", afirmou Renan.