Paulo de Tarso Lyra
postado em 12/08/2016 06:45
Depois de ampliarem de 55 para 59 o número de senadores favoráveis ao impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, aliados do presidente em exercício, Michel Temer, trabalham para virar pelo menos mais quatro votos: Otto Alencar (PSD-BA), Elmano Ferrer (PTB-PI), Telmário Mota (PDT-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL). As contas conservadoras do Planalto e de caciques peemedebistas apontam a possibilidade de que o resultado final chegue aos 62 votos. ;Não podemos achar que vamos convencer a todos;, disse um dos mentores da estratégia.
[SAIBAMAIS]Dos quatro, apenas Renan ainda não votou em nenhuma das duas análises do impeachment feita pelos senadores. Na primeira, em 12 de maio, quando foi aprovada a admissibilidade, o senador alagoano escudou-se no fato de que era presidente da sessão e que não pegaria bem emitir opinião em um processo no qual exercia o papel de magistrado.
Na visão de aliados do Planalto, com a transmissão do comando da sessão para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandovski, Renan não tem nenhum outro argumento que justifique um voto ;contra Michel;. Pessoas próximas a ele reconhecem que o peemedebista pensa em reconsiderar a abstenção. ;Mas ele é um transatlântico e, como tal, sempre vai se movimentar mais lentamente;, brincou um interlocutor de ambos os lados, defendendo a fase de transição.
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