PMDB e PSDB, os dois maiores partidos da coalizão que apoia o presidente em exercício, Michel Temer, travam um embate político para saber quem influencia os rumos do atual governo. O PMDB reclama que os tucanos querem impor a própria agenda e vetar quaisquer candidaturas ao Planalto que não venham das fileiras do PSDB. Já o tucanato diz que não aceitará exercer o mesmo papel coadjuvante tão reclamado pelos peemedebistas nos últimos anos. A briga pode impedir que a gestão Temer chegue a 2018 em condições de tirar o país da recessão econômica em que se encontra.
;Não queremos ter, com o governo Temer, a mesma relação de subordinação que o PMDB teve nos sucessivos governos do PT;, definiu o deputado Nílson Leitão (PSDB-MT). ;Temos ideias, achamos que elas podem contribuir para o atual momento. Em alguns momentos, como no caso do projeto da dívida dos estados, setores do PMDB não ajudaram o governo;, afirmou o deputado, referindo-se à pressão para a manutenção dos reajustes dos servidores no texto, apesar do estabelecimento de um limite de gastos.
O PMDB teria, na visão do parlamentar do PSDB, agido de maneira semelhante ao PT em episódios recentes, quando desobedeceu a orientação palaciana e cedeu às pressões sociais. ;O Brasil só vai sair da crise que está agora se o governo Temer, pós impeachment, tiver a coragem de fazer as reformas da Previdência, Trabalhista e Política;, cobrou Leitão.
O embate entre as duas legendas tornou-se mais explícito nos últimos dias, após Temer receber a cúpula tucana para um jantar no Palácio do Jaburu. De lá para cá, o presidente em exercício sedimentou o discurso em defesa de um rígido ajuste fiscal e abandonou a defesa de reajustes salariais do funcionalismo, incluindo o aumento nos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. ;Todo mundo sabia que esse aumento seria dado após o impeachment. Agora, vem o PSDB querer posar de mocinho e vetar;? criticou um cacique peemedebista.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.