Politica

Em audiência na Câmara, Meirelles defende PEC do teto de gastos

O ministro frisou ainda que a adoção de um teto global para as despesas públicas não significará cortes nos orçamentos da Saúde e da Educação

Agência Estado
postado em 24/08/2016 12:04

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante  audiência pública da Comissão Especial sobre Novo Regime Fiscal (PEC 241/16), na Câmara dos Deputados

Ao defender a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, lembrou nesta quarta-feira (24/8) que a proposta do governo limitará o crescimento das despesas do governo federal à inflação por 20 anos, sendo que a partir do décimo ano poderão ser feitas mudanças nas regras pelo Congresso Ele lembrou que a medida coloca limites individuais para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público.

[SAIBAMAIS]O ministro, que participa de audiência da Comissão Especial da Câmara que analisa a PEC, frisou ainda que a adoção de um teto global para as despesas públicas não significará cortes nos orçamentos da Saúde e da Educação. Para essas duas áreas, enfatizou, a variação da inflação será o piso, e não o teto. "Estamos falando em estabelecer um teto para o crescimento das despesas globais, mas um piso para Saúde e Educação. Não haverá paralisia nos programas", alegou.



De acordo com o Meirelles, a aprovação da PEC ajudará na recuperação da confiança na estabilidade da dívida pública, o que também levará no futuro à redução da taxa básica de juros da economia brasileira. "É importante que a expansão das despesas seja compatível com a evolução das receitas e da capacidade de financiamento do governo", resumiu.

O ministro destacou ainda outra ações propostas e estimuladas pelo governo, como as medidas de governança de estatais de fundos de pensão, de fortalecimento de agencias reguladoras, e as concessões de infraestrutura que serão anunciadas. "O CDS voltou a cair nos últimos meses após anúncios de medidas de rigor fiscal, que reduzem os índices de desconfiança. Mas, para se sair da crise é necessária também a criação de condições para a retomada de investimentos", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação