Paulo de Tarso Lyra
postado em 25/08/2016 07:22
A presidente afastada, Dilma Rousseff, que jamais foi bem-vista por parte do PT e da militância, começa hoje a reta final na batalha contra o impeachment completamente divorciada da própria legenda. Às vésperas do julgamento do Senado, a Executiva nacional partidária, por 14 votos a dois, decidiu se posicionar oficialmente contra a realização de um plebiscito para novas eleições. ;Que doideira. Custava um pouco o Rui (Falcão, presidente nacional do PT) esperar para aprovar isso após o impeachment?;, queixou-se o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA).
[SAIBAMAIS]A bancada de senadores do PT também ficou isolada nesse debate e vai manter coerência e fidelidade à presidente afastada. ;Nós vamos manter a tese viva e vamos apoiar Dilma quando ela defender, no discurso que fará na próxima segunda-feira, que só uma nova eleição dará legitimidade democrática ao processo em curso no país;, garantiu o senador Lindbergh Faria (PT-RJ).
Não é de hoje que Rui Falcão e Dilma se estranham. Na última reunião realizada com os aliados no Palácio da Alvorada, a presidente afastada estava muito irritada com as informações desconexas dos presentes quanto à possibilidade de reversão de votos. Perdeu a paciência de vez quando Rui Falcão pediu a palavra e disse: ;Não sei que votos são esses que vocês tanto falam, mas que eu não consigo enxergar nem reverter;. Dilma, simplesmente, cortou-lhe a palavra.
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