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Julgamento de impeachment não tem hora para acabar, afirma Lewandowski

Resposta foi dada ao senador Lindbergh Farias que levantou questionamento em plenário sobre jantar do presidente interino Michel Temer e aliados

Em uma questão de ordem, o senador petista Lindbergh Farias (RJ) questionou o fato de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter jantado com o presidente interino, Michel Temer, e aliados, na noite dessa quarta-feira (24/8). De acordo com parlamentares, a intenção do encontro seria garantir que o julgamento não se estenda até depois de terça-feira. ;Somos julgadores, não há como garantir quando terminará esse julgamento.; Lewandowski deixou claro que o julgamento ;tem hora para começar, mas não para acabar;.

O comentário do senador petista gerou debate no plenário. Senadores como Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Magno Malta (PR-ES) questionaram a fala de Lindbergh. ;Quer dizer que o presidente do Senado tem que dar satisfação com quem ele jantou ou almoçou? Quantas vezes você almoçou com Dilma? Você é julgador. Qual é o crime? Isso é mimimi de um processo protelatório. Até entregar coroa de flores tem limite. Porque ou defunto levanta ou enterra. Até agora não levantou;, comentou Malta.



A sessão inicial do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff começou nesta manhã com atraso de 35 minutos. Conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a sessão deve se estender até a próxima terça-feira, quando senadores votarão pelo afastamento ou não da petista do poder. Hoje, duas testemunhas de acusação, as únicas arroladas, e outras duas de defesa serão questionadas pelos senadores. Amanhã, os parlamentares ouvem mais quatro, também indicadas pela defesa. Antes da oitiva das testemunhas, senadores apresentação questões de ordem que serão analisadas em conjunto pelo presidente do Supremo.