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Questões de ordem e bate-boca marcam 1ª parte de sessão do impeachment

O momento mais tenso desta manhã ocorreu depois de a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusar os pares de não terem "moral" para julgar a presidente afastada



O comentário do senador petista gerou debate no plenário. Senadores como Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Magno Malta (PR-ES) questionaram a fala de Lindbergh. ;Quer dizer que o presidente do Senado tem que dar satisfação com quem ele jantou ou almoçou? Quantas vezes você almoçou com Dilma? Você é julgador. Qual é o crime? Isso é mimimi de um processo protelatório. Até entregar coroa de flores tem limite. Porque ou defunto levanta ou enterra. Até agora não levantou;, comentou Malta.

Volta ao trabalho
Ao retornar, parlamentares irão interrogar a primeira testemunha arrolada pela acusação: o procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira. Oliveira denunciou as chamadas ;pedaladas fiscais; de Dilma Rousseff em 2015 ao TCU. Até o momento, 31 senadores estão inscritos para questionar o procurador. Cada um terá 3 minutos para a pergunta, três minutos para a réplica, três para a tréplica e mais três para os esclarecimentos finais. Ainda há a previsão de ouvir mais uma testemunha da acusação hoje e outras duas da defesa.

Reta final
Conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a sessão deve se estender até a próxima terça-feira, quando senadores votarão pelo afastamento ou não da petista do poder. Hoje, duas testemunhas de acusação, as únicas arroladas, e outras duas de defesa serão questionadas pelos senadores. Amanhã, os parlamentares ouvem mais quatro, também indicadas pela defesa. Antes da oitiva das testemunhas, senadores apresentação questões de ordem que serão analisadas em conjunto pelo presidente do Supremo.