O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a tecer comentários sobre a Operação Lava-Jato. Segundo ele, "houve equívoco" nas informações veiculadas sobre as suas declarações em relação às investigações. Embora afirme apoiar a operação, o ministro do STF voltou a defender limites à atuação de procuradores.
Mendes causou polêmica por ter declarado, no início da semana, ao dizer que era preciso "colocar freios" na conduta dos investigadores. "Eu não sou contrário à Lava-Jato. Pelo contrário, eu tenho defendido o desenvolvimento dessas investigações. Acho que elas contribuíram decisivamente para mudanças no Brasil", afirmou o ministro.
No entanto, o ministro defendeu que "não se combate crime cometendo crime". "Devemos observar os parâmetros legais", declarou ele, quando questionando sobre suas posições sobre a Lava-Jato. "Temos que evitar abusos e excessos, tem que evitar qualquer tipo de constrangimento ilegal", acrescentou o ministro
A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira, 26, no cartório da cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Mendes esteve no local para tratar dos assassinatos sucessivos de candidatos a vereador na região.