postado em 28/08/2016 08:55
Um novo embate entre aliados e adversários da presidente afastada Dilma Rousseff divide o Senado. Aliados da petista reclamam da desproporcionalidade entre os blocos de parlamentares que questionarão a petista. Eles querem que as perguntas sejam intercaladas entre senadores favoráveis e contrários ao impeachment. ;Eles estão com um bloco muito grande. Não é bom para ninguém. Vamos tentar chegar a um acordo;, afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Até às 21h de ontem, havia 45 senadores inscritos para questionar Dilma. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que é muito complicado alterar a ordem das inscrições. ;Ninguém mexe na lei da gravidade e na lógica matemática. Nós somos 60 e eles são 20. Não tem como intercalar igualmente;, afirmou.
[SAIBAMAIS]A reunião de senadores com o presidente do STF, Ricardo Lewandoswski, prevista para ocorrer ontem, foi cancelada. O rito definido em relação à presidente afastada foi mantido. Ela fala, inicialmente, por 30 minutos. O tempo é prorrogável. Em seguida, Lewandowski faz as primeiras perguntas. Depois, cada senador terá direito a cinco minutos. Não há réplica. Dilma pode usar o tempo que quiser para responder. A presidente poderá trazer até 35 convidados. O mesmo número de vagas foi concedido para os governistas.
Ontem, José Eduardo Cardozo, que defende a presidente, afirmou que estuda a possibilidade peticionar para que sejam necessárias duas votações no julgamento do impeachment: uma para que a presidente perca o direito ao mandato presidencial, e a segunda, para a inabilitação da função pública, que acarreta, entre outras coisas, a perda dos direitos políticos.