postado em 31/08/2016 18:16
Somente 42 dos 61 senadores mantiveram seu voto tanto para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff quanto para a perda de seus direitos políticos. Algo que a habilita a exercer cargos públicos, dentre eles o de presidência da República já no próximo pleito.Em plenário, Cristovam Buarque (PPS-DF), questionou o ministro Ricardo Lewandowski a possibilidade de duas votações e, naquele mesmo momento deu o seu parecer a favor do impeachment, mas contra a perda dos direitos políticos. "Uma coisa é cuidar do Brasil, outra é punir uma pessoa".
Dos 16 senadores que votaram contra a perde de direitos políticos -- três preferiram por se abster --, oito são do PMDB, partido de Michel Temer, novo presidente da República. São eles: Edison Lobão (MA), Eduardo Braga (AM), Hélio José (DF), Jader Barbalho (PA), João Alberto Souza (MA), Raimundo Lira (PB), Renan Calheiros (AL) e Rose de Freitas (ES). Outros dois peemdebistas (Eunício Oliveira/CE e Valdir Raupp-RO) se abstiveram na segunda votação.
Ainda que todos os peemdebistas votassem a favor da perda de direitos políticos de Dilma Rousseff por oito anos, como fizeram outros sete senadores da legenda, seriam necessários mais dois votos para atingir os 54 votos necessários para a perda dos direitos políticos da ex-presidente da República.
Esses dois votos poderiam vir de Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Cidinho (PR-MT), Roberto Rocha (PSB-MA), Telmário Mota (PDT-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-MA), Wellington Fagundes (PR-MT), além do já citado Cristovam Buarque (PPS-DF), que votaram a favor do impedimento, mas contra a perda de direitos políticos. Maria do Carmo Alves (DEM-SE), que também votou a favor do impeachment, se absteve na segunda votação.