postado em 01/09/2016 08:52
Para evitar uma resposta que pudesse gerar ainda mais questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes do DEM, José Agripino (RN), e do PSDB, Aécio Neves (MG), convocaram reunião de bancada para ;acalmar os ânimos; de alguns senadores. Parlamentares como o líder tucano, Cássio Cunha Lima (PB), e do DEM, Ronaldo Caiado (GO), criticaram a aprovação do destaque que não tirou os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff.
[SAIBAMAIS]Os presidentes dos partidos governistas interferiram para evitar o risco de o questionamento no Supremo gerar dúvidas maiores e colocar em xeque a própria votação do impeachment. Alguns senadores ameaçaram, inclusive, deixar a base do governo. ;Fizemos uma reunião para refletir e não achamos coerente recorrer ao Supremo. Também não faz sentido romper com o governo que acabamos de legitimar;, disse Agripino. Segundo o presidente do DEM, o momento é de reflexão para que, se necessário for, tomar medidas no futuro.
Caiado disse que não deixar Dilma inelegível por oito anos, como ocorreu com Fernando Collor, abrirá precedente para que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por exemplo, se candidate a cargos eletivos caso venha a ser cassado, como deve ocorrer em setembro. Caiado acusou o PT e o PMDB de terem feito um grande acordo para beneficiar Cunha e Dilma.