Agência Estado
postado em 05/09/2016 15:46
A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede do Grupo Bolognesi na capital gaúcha, nesta segunda-feira (5/9) como parte da Operação Greenfield, que apura desvios nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis.
Os agentes permaneceram pouco mais de uma hora no local e levaram documentos e um computador. A assessoria de imprensa esclareceu que na sede em Porto Alegre onde a PF esteve funcionam dois braços do grupo, a Bolognesi Empreendimentos e a Bolognesi Infraestrutura, e que estas empresas não possuem "qualquer relação com fundos de pensão".
O Grupo Bolognesi nasceu na década de 1970 no Rio Grande do Sul, com origem na construção civil. Ao longo dos anos expandiu os negócios para áreas como obras públicas, tratamento de água e geração de energia.
Em 2012, o Grupo Bolognesi comprou o controle acionário da Multiner Energia - empresa que atua na geração de energia elétrica -, ficando com pouco mais de 50% do capital total. O restante estava com um Fundo de Investimentos em Participações (FIP) formado por fundos de pensão entre os quais estão Funcef (Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios) - que são alvo da operação deflagrada hoje pela Polícia Federal.
A Bolognesi Energia, braço do grupo que fica em São Paulo, não se manifestou sobre a operação da PF. No site, constam os nomes de diversas empresas nas quais a Bolognesi Energia detém participação, entre elas a Multiner, onde a PF também cumpriu mandado de busca e apreensão na sede, no Rio de Janeiro, com foco em informações da administração destituída em 2012. "A companhia e sua atual administração continuarão a cooperar com as autoridades competentes, e prestará quaisquer informações adicionais que vierem a ser solicitados, para que tudo seja devidamente esclarecido com a maior brevidade possível", disse a Multiner em fato relevante.