Politica

Tropa de choque de Eduardo Cunha na Câmara quer pena mais branda

Aliados do peemedebista se articulam para livrar peemedebista da cassação, que seria substituída por suspensão do mandato, mantendo os direitos políticos

postado em 06/09/2016 07:11
Ex-presidente da Câmara continua orientando os aliados: estratégia é protelar votação e, se der, mudar até a data

Marcada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para a próxima segunda-feira, 12, a votação sobre o parecer que defende a cassação do mandato do deputado afastado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode ser retardada e, até mesmo, adiada. A tropa de choque do peemedebista prepara diversas questões de ordem e defende uma punição mais branda, como a suspensão do mandato, para evitar a cassação e consequente suspensão dos direitos políticos de Cunha.

[SAIBAMAIS]Os debates tendem a ser acirrados, já que a tendência é que Cunha não tenha apoio suficiente para se livrar da cassação. Na avaliação de um dos mais ferrenhos defensores, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), a cassação do mandato deve ser votada por meio de um projeto de resolução, que pode receber emendas, e não um parecer, como o que está em votação agora e que veio do Conselho de Ética. O objetivo de votar um projeto é poder apresentar uma emenda com uma pena alternativa, pedindo a suspensão do mandato por seis meses.



Segundo Marun, o regimento interno da Câmara, em seu artigo 109, inciso 3, estabelece que a cassação de mandato deve ser analisada por meio de projeto, o que não é consenso. Antes mesmo de o Conselho de Ética decidir pela cassação de Cunha, aliados do peemedebista já haviam agido e conseguiram fazer com que o então presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), apresentasse uma consulta à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a possibilidade de apresentação de um parecer, que acabou sendo retirada pelo pepista.

Marun, que já apresentou uma questão de ordem no ano passado sobre o assunto, disse que levará o questionamento de novo ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). ;Queremos que o parecer seja transformado em projeto de resolução ou que venha da comissão de ética um projeto de resolução;, disse Marun. Caso a estratégia dê certo, o objetivo é que o deputado Carlos Bacelar (PR-BA) apresente a emenda pedindo a punição mais branda.

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