O ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, disse nesta terça-feira (6/9), que, como não há consenso dos partidos da base aliada em relação ao projeto que prevê reajuste de 16,38% para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo irá liberar os parlamentares para votar como quiserem. O projeto deve entrar em votação no Senado na quinta-feira e, se aprovado, deve provocar um efeito cascata de reajustes do Judiciário em todo o País.
[SAIBAMAIS]Além da reforma da Previdência, que o Planalto decidiu mandar ao Congresso antes das eleições contrariando partidos da base e atendendo ao PSDB, o reajuste do Judiciário é outro tema sobre o qual os tucanos cobram uma postura do Planalto, pela não aprovação do texto.
Geddel lembrou que a proposta não partiu do Executivo e insistiu que o melhor caminho seria o consenso. "Mas sabemos que não é fácil porque existem posições divergentes num tema que cabe ao governo dizer que, tecnicamente, já está precificado, já está no orçamento da União, e já está dentro do déficit", prosseguiu o ministro insistindo que, "se não conseguirmos construir posição uniforme da base, a posição do governo será liberar para que cada um vote de acordo com a sua convicção".