O plenário da Câmara dos Deputados será palco nesta segunda-feira (12/9) de uma sessão que pode por fim a um furacão que tomou conta do Congresso há menos de dois anos. Foi em 1; de fevereiro de 2015 que, alavancado à presidência da Casa, o deputado afastado Eduardo Cunha iniciou uma espécie de reinado em que ditou ritmo próprio às votações da Câmara e que acabou por deflagrar o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Ora temido, ora vangloriado por sua inteligência destacada, Cunha tornou-se alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar, cuja votação final está marcada para as 19h desta segunda-feira, depois de pouco mais de 10 meses de tramitação.
São necessários 257 votos de 512, maioria absoluta, para cassá-lo. A tendência é pela cassação, já que nem os seus antigos aliados, como integrantes do centrão, grupo de 13 partidos pequenos e médios que tradicionalmente o apoiam, estão unidos para salvá-lo. Deputado por cinco mandatos, reconhecido por seus aliados e adversários por ser um distinto estrategista, Cunha conseguiu impor uma série das chamadas pautas-bomba, e tornou-se um exímio intérprete do regimento interno da Casa, ao passo que conseguia encontrar brechas no documento para justificar suas ações.
Confira a seguir um infográfico com informações sobre o processo e como será a votação: