Politica

Candidatos copiam um do outro o programa de governo apresentado a eleitores

Concorrentes a prefeituras em Minas repetem, literalmente, antigos programas de governo, substituindo apenas o nome do município. E nem disfarçam: até os erros são iguais

Alessandra Melo
postado em 18/09/2016 08:00
Sebastião Quintão (PMDB) copiava Marcus Vinicius Bizarro (PSDB), que copiava Nem Capotão (PR), que copiava Vicente Guedes (PHS), que copiava Geraldo Flávio de Andrade (PSDB), que copiava Gentil Pereira (PSD), que copiava Lalado (PP), que copiava Luciano Sartori (PMN), que copiava Edson Rogério (PSD). Quintão quer se prefeito de Ipatinga nas eleições deste ano, Bizzaro quer administrar Coronel Fabriciano e Nem Capotão o município de Novo Cruzeiro. Vicente Guedes quer se reeleger prefeito de Itambacuri, Geraldo Flávio de Andrade de Braúnas, Lalado de Mariléia e Sartori de Pescador. Edson Rogério, derrotado em 2012, tenta de novo ser prefeito de Entre Folhas. Genil Mata da Cruz foi eleito prefeito de Central de Minas, mas morreu em um acidente aéreo ano passado. Todos eles copiaram um do outro o programa de governo apresentado aos eleitores na disputas de 2012 e 2016 para prefeito. E nem despistaram.

[SAIBAMAIS]Além do texto do programa ser praticamente idêntico, na maioria dos casos, até a formatação do documento é a mesma, com fonte e erros semelhantes. No caso de Sebastião Quintão, não houve nem mesmo um cuidado para trocar os nomes das cidades. Em determinado momento, seu programa promete melhoras para Fabriciano e também investimentos em agropecuária, atividade econômica que praticamente inexiste no município.



Não se sabe ao certo quem foi o autor do programa original e como ele foi plagiado, mas ele rodou o Brasil e chegou a ser copiado até mesmo por candidatos a prefeito de Sergipe e no Espírito Santo, nas eleições de 2012. Na disputa para prefeito de Jaguaré (ES), em 2012, Domingos Sávio Pinto Martins usou o mesmo programa que Quintão, Bizarro e Nem do Capotão nas eleições deste ano.

Concorrentes a prefeituras em Minas repetem, literalmente, antigos programas de governo, substituindo apenas o nome do município. E nem disfarçam: até os erros são iguais

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