Politica

Lava-Jato: 7 presos, incluindo Guido Mantega, serão levados para Curitiba

Em coletiva à imprensa, o delegado Igor Romário de Paula detalhou a prisão do ex-ministro Guido Mantega

Eduardo Militão, Jacqueline Saraiva
postado em 22/09/2016 10:26
As sete pessoas presas, nesta quinta-feira (22/9), na 34; fase da Operação Lava-Jato, a Arquivo X, serão levadas para a sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Em coletiva à imprensa, o delegado Igor Romário de Paula detalhou a prisão do ex-ministro Guido Mantega. Ele foi localizado pelos policiais no hospital Albert Einsten, em São Paulo, acompanhando a mulher que faria cirurgia.

Além de Mantega, foram presos Luiz Eduardo Neto Tachard, Ruben Maciel da Costa, Danilo Souza Baptista, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, Luiz Cláudio Machado Ribeiro e Francisco Corralis Kimbelam.

[SAIBAMAIS]Ao comparecer à casa de Mantega, às 6h, a PF constatou que no loca estavam apenas o filho adolescente do investigado e uma empregada doméstica. Ao serem informados de que Mantega encontrava-se no Hospital Albert Einstein, a PF dirigiu-se ao local. Nas proximidades do hospital, policiais federais entraram em contato com Mantega, por telefone, que se apresentou espontaneamente na portaria do edifício.

O delegado afirmou que não houve entrada de policiais no hospital, ainda mais no centro cirúrgico. ;O ministro não estava no centro cirúrgico. Tanto que atendeu o telefone duas vezes para falar com a equipe;. Após ser retirado do hospital, o ex-ministro foi levado até a residência dele de forma ;discreta e em viatura não ostensiva;, para que fosse cumprido o mandado de busca e apreensão.

Todo o material apreendido na ação de hoje será levado, segundo Igor Romário, para Curitiba, grande parte em aeronave da Polícia Federal.



Investigação
Para os investigadores, em 2012 Mantega atuou diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da base aliada da então presidente Dilma Rousseff. ;Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido;, afirma a Polícia Federal. O empresário do grupo OSX, Eike Batista, disse que foi procurado em 2012 por Mantega para fazer um contrato falso a fim de repassar R$ 5 milhões ;no interesse; do PT, segundo a Procuradoria da República no Paraná. O pagamento realizado foi de US$ 2,35 milhões, mas no exterior em nome de publicitários que já são alvo da Lava-Jato.

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