Eduardo Militão
postado em 22/09/2016 11:10
O Ministério Público informa que a 34; fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta quinta-feira (22/9) com o nome de Arquivo X, apura três suspeitas de corrupção. Tudo teria origem em contratos da empreiteira Mendes Júnior e o estaleiro OSX, de Eike Batista, com a Petrobras.Na primeira, verificam-se pagamentos de R$ 7,4 milhões por meio do operador do PMDB João Augusto Rezende Henriques, preso e condenado na Operação Lava-Jato. O paamento foi revelado pelo delator Eduardo Musa, que atuou na OSX e na Petrobras. ;Há indicativos de que esse operador trabalhava para interesses do PMDB;, explicou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
[SAIBAMAIS]Na segunda vertente, a investigação detectou R$ 6 milhões para empresas ligadas ao ex-ministro José Dirceu. Segundo Carlos Fernando, também houve pagamentos associados a firmas próximas ao ex-deputado André Vargas (PT-PR). ;Há indícios de uma movimentação de origem partidária em relação ao PT;, avaliou o procurador.
Na terceira vertente apuratória, foram pagos US$ 2,35 milhões no exterior por firmas de Eike Batista para os publicitários João Santana e Mônica Moura. Em depoimento, o empresários disse que fez o repasse após pedido de R$ 5 milhões feito pelo ex-ministro Guido Mantega. Eike nega que se trata de propina.
;Temos evidências de que Eike batista sabia e participou do pagamento de propinas nos dois casos anteriores;, acrescentou Carlos Fernando. ;Os fatos estão basicamente comprovados. Existem indicativos pela proximidade temporal e ausência de qualquer justificativa para esse pagamento e uso de expediente típico de lavagem de dinheiro: contratos no exterior com offshore, com contrato falsos.;
Lista de alvos presos
Guido Mantega
Luiz Eduardo Neto Tachard
Ruben Maciel da Costa
Danilo Souza Baptista
Luiz Eduardo Guimarães Carneiro
Luiz Cláudio Machado Ribeiro
Francisco Corralis Kimbelam
Não localizado ainda: Julio César de Oliveira Silva