Agência Estado
postado em 22/09/2016 12:28
A equipe da Operação Lava Jato justificou a ida dos policiais federais ao Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde a esposa do ex-ministro Guido Mantega era submetida a um procedimento cirúrgico, como "uma triste coincidência". "A Polícia Federal agiu com o máximo cuidado possível que as circunstâncias exigiam", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em coletiva de imprensa.O delegado Igor Romário de Paula explicou que não sabia da cirurgia. "A cirurgia não era de conhecimento nosso, estava agendada pela família. Nosso acompanhamento é para saber o momento de cumprimento das medidas onde os alvos estão", disse.
José Roberto Batochio, advogado de Mantega, disse que a esposa do ex-ministro, mesmo prestes a ser operada em um centro cirúrgico, teria percebido a movimentação do marido, que estava falando no telefone por várias vezes e teve que sair do hospital de forma súbita. A esposa de Mantega enfrenta um câncer. Petistas e integrantes de partidos aliados ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff criticaram a forma na qual a prisão foi feita
O delegado considerou um "procedimento natural" o deslocamento dos policiais até o hospital quando descobriram que Mantega não estava em seu apartamento. Segundo de Paula, chamou a atenção dos agentes o fato de Mantega ter saído uma hora ou uma hora e meia antes da chegada dos policiais na residência, que fica na zona oeste da capital pauli