postado em 30/09/2016 06:52
A crise política e as mudanças nas regras das disputas eleitorais deste ano nos municípios provocaram impacto na vida dos candidatos e pode se refletir também nas intenções de votos dos eleitores. Embora favoritos de algumas capitais tenham se mantido em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto, cientistas políticos avaliam que o voto dos eleitores nesse pleito tende a ser mais volátil e, por isso, há uma tendência de que os resultados sejam surpreendentes em relação às pesquisas eleitorais.A três dias do primeiro turno das eleições, o índice de desinteressados aparece alto em alguns municípios. Na última semana, um levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), no Recife, mostrou que 55% dos entrevistados responderam não ter interesse no pleito municipal deste ano. Em São Paulo, no fim de agosto, pesquisa Ibope registrou que 50% dos eleitores disseram não ter interesse pelas eleições. Em Belo Horizonte, na última semana, 54% dos entrevistados pelo instituto responderam ter pouco ou nenhum interesse nas eleições, segundo pesquisa divulgada na última semana.
[SAIBAMAIS]Em São Paulo, por exemplo, há três candidatos tecnicamente empatados em segundo lugar, segundo o Ibope. O empresário João Doria (PSDB) segue em primeiro lugar, com 28% das intenções. Já Celso Russomano (PRB), que chegou a liderar a disputa, está na segunda colocação, com 22%. Em seguida, está Marta Suplicy (PMDB). Na última pesquisa do Ibope, ela oscila um ponto percentual, de 15% para 16%. Já o prefeito Fernando Haddad (PT) apareceu com 13% na pesquisa. Se consideradas as margens de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, os três últimos candidatos mencionados estão empatados tecnicamente.
O cientista político Rui Tavares Maluf, da Ciência Política da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, avalia que as eleições estão atreladas à crise política no Brasil e por uma população bombardeada com notícias sobre corrupção, o que tende a afastar o eleitor das disputas e acentua a perda de representatividade de partidos. ;Tudo isso impacta nas eleições e tende a impactar mais nas grandes metrópoles. Rio e São Paulo têm muito disso. Não são as pesquisas propriamente que poderão vir a errar. Mas há uma volatilidade relativa do voto;, diz.
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