Politica

PT vê escapar comando da maior capital do país diante da vitória de Doria

A aposta peemedebista, Marta Suplicy terminou a disputa em quarto lugar

Antonio Temóteo
postado em 03/10/2016 06:34
A aposta peemedebista, Marta Suplicy terminou a disputa em quarto lugarCom o triplo de votos em relação ao segundo colocado, João Doria (PSDB) se elegeu prefeito de São Paulo no primeiro turno com a benção de 53,29% dos eleitores. É a primeira vez que isso ocorre na cidade. A vitória arrasadora e inédita sobre os demais candidatos, com mais de três milhões de votos, impôs derrotas significativas ao PT e ao PMDB e fortaleceu os planos do governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), de disputar a Presidência da República em 2018. O alento da esquerda, entretanto, foi a vitória de Eduardo Suplicy (PT) para um posto na Câmara Municipal. Ele foi o vereador mais votado na capital paulista, com 301.446 votos.

O atual prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT), foi o segundo colocado no pleito, com apenas 967.056 votos, o equivalente a 16,7% da preferência dos eleitores. Antes mesmo do fim da apuração das urnas, Haddad ligou para cumprimentar Doria pela vitória. Foi a pior votação de um candidato do PT em São Paulo. A derrota explicita a situação dramática do partido, com líderes acossados pela Operação Lava-Jato e destituído do governo federal com o impeachment de Dilma Rousseff. Haddad chegou ao cargo máximo da administração municipal paulistana em 2012, sob as bençãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela época, após eleger Dilma Rousseff para o primeiro mandato de presidente da República, Lula gozava de prestígio com os brasileiros e repetiu a fórmula de sucesso em São Paulo.

O prefeito Fernando Haddad teve a pior votação de um candidato da legenda em São Paulo:

Duplamente réu na Lava-Jato, que apura escândalos de corrupção na Petrobras, Lula perdeu parte do seu capital eleitoral e viu a reeleição de Haddad naufragar. A vitória de Doria também enfraqueceu os planos do PMDB de se fortalecer nas eleições municipais para lançar um candidato à Presidência. Marta Suplicy não decolou durante a campanha, mesmo tendo comandado a prefeitura paulistana em outras oportunidades. A afirmação de que nunca foi de esquerda levou a ira a diversos eleitores e afetou a sua imagem.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação